quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Como dirigir em Orlando

Já contei para vocês aqui no blog que Orlando é uma cidade perfeita para quem se locomove de carro.  Existem outras tantas opções de transporte, mas com suas avenidas largas, bem asfaltadas, boa sinalização e educação dos motoristas, se aventurar com um carro por lá tem praticamente só pontos positivos.


A idéia do post de hoje é dar para você dicas valiosas sobre como dirigir na cidade, para que essa experiência seja tão bacana quanto a experiência de visitar os parques, fazer compras e comer nos restaurantes legais de Orlando.



ALUGANDO UM CARRO

Na lista de posts relacionados, ao fim deste texto, você vai encontrar o link que traz todas as informações sobre como fazer para alugar um carro para usar em Orlando.  Mas para começar nossas dicas, é importante já atentar para alguns dos pontos que destaquei no post mencionado.

Não se esqueça de ter um guia: eu indico sem sombra de dúvidas um GPS.  Pode alugar junto com o carro, pode comprar um por lá, levar o seu com mapa de Orlando atualizado.  Seja qual for a opção, não há nada mais fácil do que se guiar tendo um dispositivo destes.  Se não for um GPS que seja um aplicativo no smartphone, um mapa offline (que não dependa de wi-fi) ou se ainda preferir a localização “a moda antiga” saia do aeroporto com um guia impresso (que é distribuído lá nos pontos de atendimento ao cliente).  Tudo fica mais fácil!

Se tiver criança, não esqueça da cadeirinha, item obrigatório de segurança para se viajar de carro com os pequenos.

Negocie no seu pacote de locação se os pedágios estarão inclusos da tarifa ou não.

Lembrando: estes detalhes (e outros tantos) você pode pesquisar no post do blog Disney, Orlando e Cia, combinado?


COMO SE LOCALIZAR EM ORLANDO

Os americanos em geral (e em Orlando por consequência, isso não é diferente) são muito orientados pelas referências da bússola: norte (N – north), sul (S – South), leste (E – east) e Oeste (W – West).  Nas placas de transito que indicam as rotas, essas legendas sempre vão aparecer.  Nos endereços dos guias/GPS você sempre vai ser orientado para pegar determinada avenida/rodovia e o sentido dela.  Então é bom se habituar.

Em diversas rotas que você for seguir, seja indo a um parque, ou indo para shopping fazer compras, você vai acabar usando grandes rodovias.  Duas que vão aparecer em grande parte dos seus roteiros: a I-4, importante interligação E e W  e a International Drive (avenida com várias atrações turísticas com outlet, restaurantes, I-Drive) que cruza basicamente de N a S.



AS PRINCIPAIS REGRAS DE TRÂNSITO EM ORLANDO

Para começarmos a conversa: as leis de trânsito em Orlando são cumpridas.  Educação no trânsito é algo bastante forte por lá.  E quem infringe as leis, geralmente acaba sendo pego e as multas são pesadas.  Portanto, fique atento e evite dor de cabeça (e o “jeitinho brasileiro”): conheça as principais informações para dirigir bem por lá:


Bebida: terminantemente proibido dirigir sob efeito de álcool.  Por lá, assim como no Brasil, isso é crime.

Cinto de segurança: os passageiros sentados no banco da frente obrigatoriamente precisam usar.  Os que estão no banco de trás são obrigados somente se forem menores de 18 anos.

Conversão a direita: em Orlando a conversão a direita é livre, mesmo quando o semáforo está vermelho.  A não ser que à direita você vir uma indicação de No Turn on Red (pois aí você deve parar e esperar o farol abrir), siga em frente sem medo (claro, só veja se não está vindo nenhum carro na outra direção para evitar um possível acidente).

Documento necessário: a nossa Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é aceita como documentação formal para se dirigir em Orlando (desde, claro, que ela esteja atualizada).  Ande sempre com ela e com seu passaporte enquanto estiver guiando um carro em Orlando.

Faróis do carro: nada novo para os brasileiros, ou seja, começou a cair o dia, acenda a iluminação.

Idade para dirigir: turistas são “aceitos” pelas locadoras de carro com idade acima de 25 anos.  Se você tem entre 21 e 24 também pode dirigir, mas geralmente a locadora vai cobrar uma taxa extra (verifique com a operadora de sua escolha).

Malas: só são permitidas no bagageiro, pois se estiverem nos bancos, podem causar multa.

Ônibus escolar: se estiver atrás de um e ele parar, pare e espere.  NUNCA ultrapasse pois trata-se de uma infração de trânsito considerada gravíssima.

Only: quando você ver essa palavra pintada no chão (significa “somente”) você estará com seu carro em uma faixa destinada a conversão ou entrada específica (por isso o “somente”: só serve para este tipo de conversão).  Se parou errado numa faixa dessa não saia.  Siga pela entrada até que apareça uma nova faixa de conversão.  Mudar de faixa neste caso é proibido.

Park: significa ESTACIONE.  Se a placa com um P (de Park) estiver com uma faixa cortando, significa que é proibido estacionar.  Cuidado também com vagas demarcadas para deficientes.  Se parar em local proibido a multa é alta, ficando inclusive sujeito a guincho.  Uma dica importante quando estacionar seu carro caso ele não tenha placa na frente: deixe-a sempre visível para evitar multas.

Pedestres: sem discussão, eles têm SEMPRE a preferência.  Pare quando vir alguém querendo atravessar ou passar.

Polícia Rodoviária: se encontrar um carro parado no acostamento com as luzes acesas, não passe na faixa ao lado da viatura.  Mude para a outra faixa para evitar multa.  E se por algum motivo você for parado, evite o nervosismo.  Só saia do carro se for solicitado, avise que é turista, apresente seus documentos e aja tranquilamente. 

Stop: quando encontrar uma placa de STOP significa PARE.  Mas significa parar mesmo, e não reduzir a velocidade e dar uma olhada para seguir em frente.  É obrigatório parar e contar 3 segundos antes de seguir.  Se a placa STOP 4-Way aparecer em um cruzamento significa que não há preferencial.  Todos devem parar e a regra para seguir é simples: quem chegou primeiro sai primeiro.

U-Turn: bem comum por lá que nas rodovias ou avenidas, você encontre uma pista para entrar e pegar a mão contrária, sem ter que fazer retorno completo em pontes ou viadutos.  Quase todas as principais avenidas têm os U-Turns.  Esse tipo de retorno também é permitido nos faróis, a menos que tenha algum indicativo de manobra proibida.

Velocidade máxima: medida em milhas por hora (MPH).  Fique tranquilo que as indicações nas placas indicam a velocidade máxima em MPH, mas o velocímetro do seu carro também estará na mesma medida.  Dirija sempre nos limites estabelecidos.  Para se ter uma idéia 55 mph (que é a velocidade em boa parte das rodovias de acesso) é algo em torno de 88,5 km/h.


COMO DIRIGIR UM CARRO AUTOMÁTICO

Muito difícil você contar com um carro de câmbio manual para usar em Orlando.  Pode até ser que encontre em alguma locadora um modelo caso seja sua preferência, mas eu sugiro que você já se acostume com a idéia (que por sinal é boa!) de usar um modelo automático por lá. 

Se não estiver acostumado e conseguir fazer uma adaptação aqui, melhor.  Pode ser com o carro de um conhecido ou de repente até marcar um teste-drive em uma concessionária (por que não?).  Você vai ver que dirigindo um pouco, vai se habituar.


O ponto principal é esquecer a sua perna esquerda (que no modelo manual, serve para a embreagem).  No automático embreagem não existe, só freio e acelerador, que você da mesma maneira que no manual, controla com o pé direito.  E no câmbio, também regras simples: basta colocar a alavanca na letra que representa a ação que deseja: P é o parado (o carro só liga se estiver nesta letra); N é o neutro (quando parar em um farol por exemplo); R é a ré; D é o drive/dirigir.  E para mudar de uma letra para outra, tem sempre que levemente pisar no freio.  Basicamente: pise no freio, garanta a alavanca na letra P, ligue o carro, se precisar manobrar use o R e o D ou se puder já seguir em frente, coloque no D e vá acelerando tranquilamente até atingir a velocidade.  Precisando brecar, acione o pedal de freio e se for parar totalmente, basta voltar a alavanca para o P ou N (caso só for uma parada de farol).  Dê umas voltinhas controladas antes de sair pegando a estrada!

Esse tutorial disponível no Youtube também pode te ajudar:



COMO ABASTECER O CARRO NO POSTO DE COMBUSTÍVEL

Bem diferente do que estamos habituados no Brasil, mas fique tranquilo que a tarefa é simples.  O principal ponto é que não há frentistas ou atendentes.  Tudo é self-service.  Você estaciona o carro próximo a uma das bombas de combustível e você mesmo é quem vai abastecê-lo.


Para começar a brincadeira, procure parar com a portinha do reservatório de combustível virado para a bomba.  Principalmente se alugou um carro grande, as vezes a mangueira não chega até o outro lado se parou ao contrário. 

Se você vai usar seu cartão de crédito para abastecer é simplesmente passar o cartão magnético no próprio painel da bomba de combustível (escolha o que você vai querer colocar para abastecer o carro), digitar o valor que quer pagar e pronto: a bomba estará habilitada.

Agora se você vai pagar usando dinheiro (ou se de repente por algum motivo seu cartão de crédito não for aceito na bomba), o que vai precisar fazer é se dirigir até o balcão da loja de conveniência do posto (sempre existe uma) e “comprar” o combustível: você informa o valor que deseja, a bomba em que seu carro está parado e é só pagar.  Assim que fizer isso a bomba também estará habilitada.

Aí basta abrir o compartimento, encaixar a mangueira e apertar o gatilho.  Quando o valor que você selecionou for atingido, a própria bomba trava e é só tirar a mangueira, guardá-la novamente no suporte da bomba e travar a porta do compartimento de combustível do carro!

O que muitos de nós fazemos no Brasil que é “completar o tanque”, em Orlando não é tão simples porque primeiro você define o valor e depois abastece.  Se por acaso ao estipular o valor a ser pago você for encher o tanque e ele atingir a capacidade máxima antes de completar o valor, dirija-se novamente para a loja de conveniência e tranquilamente a diferença será devolvida.  Eu geralmente abasteço aos poucos, 15 dólares por exemplo.  Há postos por toda parte!


OS PEDÁGIOS EM ORLANDO

Por ser uma cidade onde o trajeto na maioria das vezes se dá através de rodovias, os pedágios também acabarão aparecendo no meio do seu caminho em algumas rotas.

Você pode pagar as tarifas (que são baixas, geralmente ficam no máximo 1,75 dólar) usando-se das seguintes modalidades:

Change receipt: você para seu carro em uma das estações, paga o pedágio (pega seu troco se for o caso) e ao sinal verde você pode seguir sua viagem.

Exact coins: se tiver moedas no valor exato da tarifa, essa opção pode ser mais rápida.  Não há atendente, você deposita suas moedas no compartimento da cabine e segue sua viagem.  Bom sempre manter algumas moedas, porque em algumas situações (não muitas) você pode se deparar com pedágios que só têm essa modalidade. 

E-Pass ou Sun Pass: esses são os guichês onde a cobrança é feita automaticamente, sem a necessidade de se parar.  Em praticamente todas as locadoras de veículo você pode escolher retirar seu carro já com o serviço instalado.  No final de sua viagem, quando devolver seu carro, o valor dos pedágios que você pagou usando o Sun Pass será debitado de seu cartão de crédito informado no momento da retirada do carro.


E se você acabar passando por um pedágio sem pagar?  Vai aparecer uma conta no seu cartão de crédito depois com os valores a serem pagos... o problema é que geralmente acompanhados de uma multa cobrada pelas locadoras.  Fora que definitivamente essa não é a melhor opção.  Tenha sempre em mente no seu planejamento separar moedas ou definir pelo sistema automático ao alugar seu carro!


Muitas dicas, não é mesmo? Mas fique tranquilo pois reforço que dirigir em Orlando é muito fácil.  No começo pode ser que você estranhe, até se ambientar com o local, com as rodovias e placas pois estará em um local distinto do seu habitual.  Mas em pouquíssimo tempo você vai perceber que além de fácil é bastante prazeroso dirigir pela cidade!


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